A versão anterior da NR 18, trazia pouca informação sobre as características que uma escada fixa vertical deveria seguir. Contudo, a atualização da NR 18, em 10 de fevereiro de 2020, impulsionou a demanda por adequação de escada fixa vertical.
Após esta atualização, vários clientes têm validado apenas o interesse na adoção de linha de vida vertical, um dos itens obrigatórios que foi especificado na nova NR 18 em seu subitem 18.8.6.3, que menciona: “É obrigatória a utilização de SPIQ (Sistema de Proteção Individual Contra Quedas) em escadas tipo fixa vertical com altura superior a 2 m”.
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A nova redação da Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18)
A atualização de 2020 da NR 18, trouxe todas as características necessárias que a escada fixa vertical deve ter, no item 18.8.6.2. Se você quiser conferir na íntegra a nova redação da NR-18 basta acessar este link.
Nessa atualização, tivemos a mudança no glossário de:
- Antiga NR 18 – Escada Fixa (escada marinheiro) como sendo a escada de mão fixada em uma estrutura dotada de gaiola de proteção.
- Já a nova NR 18 – Escada Fixa Vertical como sendo a escada fixada a uma estrutura e utilizada para transpor diferença de nível.
Lembrando que já abordamos o problema do risco promovido pela gaiola de proteção da escada marinheiro ao proporcionar uma falsa segurança contra queda em outro texto aqui do Blog, caso tenha interesse nesta leitura, acesse aqui esse conteúdo.
Adequação de Escada Fixa Vertical
Sempre recebemos solicitação de orçamento para adequação de escada fixa vertical. Ao fazermos o levantamento da escada atual, sempre nos deparamos com o seguinte:
- gaiola de proteção sendo utilizada como item de proteção contra queda;
- não tem projeto nem linha de vida vertical;
- apenas pintada de amarelo sem um fundo de proteção contra oxidação;
- improvisos de montagem;
- não atende o padrão de características de dimensionamento como distancia entre degraus e montantes;
- altura do primeiro degrau inadequado;
- lance único.
É mais fácil substituir ou adequar uma escada fixa vertical?
Essas não conformidades são levantadas e apresentadas ao cliente para que o mesmo defina se a adequação será parcial ou total, pois sempre existe a dor de ter que trocar toda a escada existente por uma nova. Mas isso tem que ser absorvido pelo cliente conforme os seus procedimentos interno.
Com as fotos da escada marinheiro, apresentamos o nosso orçamento de adequação da escada. Após a sua aprovação, desenvolvemos um esboço técnico relatando todas as características, visando obter a aprovação dos itens a serem adequados, antes de fabricarmos e iniciarmos a instalação da escada vertical fixa.
Apresentação de Projeto da Escada Vertical
Nos trabalhos que desenvolvemos, procuramos sempre fazer um esboço apenas para ilustrar toda a concepção da estrutura da escada, trazendo as principais medidas e considerações técnicas que a escada deve ter. Esses desenhos ajudam a entender o que esta sendo proposto.
Após a aprovação do cliente, complementamos os desenhos com vistas explodidas ilustrando imagens e desenhos técnicos. Com isso vamos desenvolvendo um manual operacional de fabricação e montagem.
Fornecimento de Manuais de Fabricação e Montagem
Os manuais de fabricação e montagem facilitam o reconhecimento das peças. Dessa forma ajudamos o trabalho dos montadores, para a estrutura ser devidamente montada conforme projeto.
Com o manual operacional de montagem, temos mais facilidade de desenvolver, junto aos nossos clientes, a análise de risco da atividade de montagem. As ilustrações do passo a passo da atividade de montagem ajuda o trabalho dos técnicos de segurança.
As nossas escadas visam atender o mínimo de corte e solda no local. A ideia é fabricar a escada em pequenos módulos, transportar para a fábrica e realizar a montagem utilizando parafuso. Evitamos ao máximo a utilização de soda, a fim de minimizar os riscos de uma atividade com trabalho a quente.
Com essa estratégia, um trabalho de montagem como esse é executado em 2 a 3 dias, diminuindo o tempo de trabalho dentro da fábrica, desperdício de material e locação de PTA (Plataforma de Trabalho Aéreo).
Toda a escada é montada como um lego, com a maior parte sendo parafusada.
Para exemplificar nossas ações, vejamos as imagens a seguir que ilustram uma escada que estava interditada. Esta escada marinheiro dava acesso ao telhado do bloco administrativo de um dos centros de distribuição da Heineken em Recife.
A seguir, imagens da nova escada, projetada e instalada pela equipe da Ranger SMS, em conformidade com a nova NR 18 de fevereiro de 2020.
> Se estiver precisando de adequação de escada fixa vertical (tipo marinheiro), entre em contato conosco pelo (81) 4040-4309.
Parabéns, Felipe..!! Você e a ranger, sendo sempre referência em segurança.
Obrigado Ianderson. Você foi um dos degraus que nos ajudou a subir e conquistar a credibilidade e conhecimento que temos hoje.
Felipe Duarte, parabéns pelos excelentes textos explicativos. Tenho uma pergunta: no caso da escada montada com material de andaime tubular, esses requisitos da nova NR 18 também se aplica?
Obrigado Elizeu, é gratificante saber que atingimos as suas expectativas.
Olhando pela segurança, o guarda corpo (gaiola de proteção) das escadas marinheiros, não são considerados um elemento de proteção contra quedas.
A gaiola pode agravar muito as consequências de lesão no trabalhador, em caso de queda.
O fato da escada 90º ser instalada em andaimes não a torna diferente.
Utilizar o talabarte direto no degrau em muitas escadas, não vai suportar o impacto de uma queda, dimensionado para 600 kgf (aplicando um fator de segurança 2, vamos para 1.200 kgf)
Um carro popular ele pesa em torno 1.300 kgf. Você pendurava ele no degrau de uma escada ? É claro que não.
O tema ainda é bastante novo e precisa de uma maturidade do mercado.
Espero ter ajudado mais uma vez.
A carga de 600Kgf já é superdimensionada! Acrescentar um fator de segurança 2 para essa carga é um despropósito. 600 Kgf é a carga dinâmica aplicada a um sistema de ancoragem (de solicitação linear) utilizado em fator de queda 2, ou seja, o pior cenário possível. Além disso, o uso de talabartes na própria estrutura de escada fixa vertical implica necessariamente em fator de queda de no máximo 1, uma vez que o usuário naturalmente troca a ancoragem por um ponto acima da linha da cabeça sempre que o ponto mais abaixo alcança a cintura. Caso contrário ele não alcançará mais o talabarte que estará no nível dos pés! Se o talabarte utilizado dispor de absorvedor de energia, a carga dinâmica máxima é ainda mais reduzida!
Não se esqueçam de que a carga estática para projeto de um sistema linear, de uso individual, é de tão somente 100 Kgf! Acrescentar 12x para a carga dinâmica exige uma aceleração de queda absurda e inaceitável.
Não concordo que a carga de 600 kgf é superdimensionada e que utilizar um fator de segurança 2 seja um despropósito.
Acho valido lembrar que o trabalhador pode conectar o talabarte no montante da escada, gerando um fatro de queda maior que 2.
Utilizar um fator de segurança 2 é o que preconiza a NBR 16325 de dispositivos de ancoragem, ou seja, elementos devidamente testados.
Se o sistema SPIQ for projetado, a orientação é utilizar um fator de segurança ainda maior.
Aonde esta definido que um sistema de ancoragem deve ser dimensionado a partir de uma carga estática de 100 kgf ?
Caso tenha interesse de esclarecer e detalhar mais a informação que estamos trocando, deixarei o meu e-mail abaixo.
Desde já agradeço por comentar e estimular a discução deste tema, em busca de uma maturidade profissional de todos interessados.
felipe@rangersms.com.br
Excelente estratégia de fabricar os módulos na empresa e montá-los no cliente, vocês já nasceram especialista em trabalhos em altura e espaço confinado, tornando-se referência nesses temas, no Estado.
Confio demais no profissionalismo e no trabalho de vocês, sempre atuais e trazendo as melhores soluções.
Obrigada Felipe.
Parabéns à Ranger SMS pela inovação, E empenho buscando facilitar e também melhorar o serviço nas organizações.
Gostei muito das informações! Estava com dúvidas sobre escadas fixa em uma estrutura.
Parabéns pela apresentação sobre a os métodos de trabalho da empresa.
Pingback: Não use vergalhões dobrados como Ancoragem! - Ranger SMS
boa tarde. estamos construindo um reservatório de agua com altura de 15M e as escada. estão todas com proteção costal. gostaria se saber se as mesmas estão erradas em relação a nova redação da NR18
Olá Itamar,
Observe que na nova NR-18 – CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR
Escada Fixa Vertical
18.8.6.2 A escada fixa vertical deve:
Página 16
Você vai encontrar todas as recomendações que a sua escada deve conter.
Não conheço este termos que você utilizou de PROTEÇÃO COSTAL.
Há um erro crítico de interpretação do subitem 18.8.6.3, da NR-18, que nada diz sobre obrigatoriedade de implantação de linha de vida vertical, mas sim SPIQ, que envolve uma infinidade de soluções possíveis.
Olá! Saberia me informar se em caso de escada seja interna e acessada por alçapão, preciso deixar alguma distância entre laje superior e escada ou a mesma tem que ser fixada no piso e na laje, além da fixação na parede? Não consegui localizar na NR essa informação, apenas dimensionamento da escada. Grato!
Pingback: Gaiola da escada protege contra queda de altura? - Ranger SMS
Fala Felipe, time da Ranger SMS sempre dando um show, parabéns meu caro!!!
Obrigado meu amigo Anderson Bento.
Felipe bom dia!
Escadas marinheiro podem ser parafusadas em estrutura de máquina?
As interferências, modificações e adequações devem estar sempre respaldada e acordada pelo fabricante do equipamento ou maquina.
É muito comum a construção de escadas parafusadas e/ou soldada nas estruturas das máquinas.
Porém devemos observar as consequencias que a fixação pode gerar a maquina além de realizar o estudo estrutural para receber os esforços e carregamento.
O PLH/responsável pela fabricação e instalação da escada deverá fornecer estas respostas, conforme avaliação técnica.
Olá a todos os prevencionistas!
Ao ler os textos da NR18 atualizada e da NR12 há a interpretação que poderá causar divergência, afinal é ou não obrigatória a edificação de escadas fixas tipo marinheiro com gaiolas, em um caso particular uma escada foi edificada para acesso ao telhado de uma área externa, tem altura de 10,5m, a inclusão de patamar intermediário é sem dúvidas muito importante, porém não se chega em uma definição, se edifica a gaiola ou não, o sistema de proteção de quedas será implementado, mas o assunto gaiola é o que está nos causando um debate constante, a obra está avançando e não fechamos esse assunto.
Se edifica ou não a gaiola numa escada fixa?
As normas dos estudos segurança e proteção contra queda apontam uma grande ineficiência da gaiola de proteção no caso de queda.
As normas EUA já determina um prazo até 2036, para que todas as gaiolas seja removidas das escadas.
No Brasil, a atualização da NR 18 já removeu a obrigatoriedade da existência da gaiola de proteção nas escadas.
A NR 35 publicou o ANEXO III – Escadas,, (em consulta) onde também não trás mais a obrigatoriedade da escada.
Porém na NR 12, que esta em fase de revisão, ainda consta essa obrigatoriedade.
Mediante a isso, devemos decidir em que direção devemos seguir.
No passado o OVO já foi uma fonte de alimento que deveria ser consumida com moderação.
Atualmente o OVO é um dos melhores alimentos que existe.
O mundo, em todas as direções, sofrem mudanças e atualizações.
Uns vão na frente, promovendo as tendências e outros ficam aguardando maiores informações para decidir.
Acreditamos que o assunto da gaiola de proteção já é um assunto consolidado. Deve ser removido.
Porém entendemos aqueles que pensam o contrário.
Saudações. Bom texto. Tenho uma dúvida. Escadas para acesso industrial que são de aço e possuem degraus normais e corrimão em ambos os lados, mas que a subida deve ser feita de costas, pois o degrau é estreito, deve ter instalação de trava quedas obrigatória ou é possível colocar apenas pontos de ancoragem no corrimão? Obrigado.
Olá, bom dia!
Tudo bem?
Vou deixar aqui o nosso e-mail para você compartilhar uma imagem dessa escada pois desconhecemos a condição de subir de costas, por limitações dos degraus.
felipe@rangersms.com.br