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Acidentes de Trabalho em Ambiente Pobre em Oxigênio

Em muitos setores industriais e em diversas atividades laborais, a exposição a espaços confinados apresenta desafios significativos, acidentes de trabalho, envolvendo potenciais situações de asfixia, estrangulamento, afogamento e outros cenários que ameaçam a integridade física e a vida dos trabalhadores.

Este tipo de acidente, além de suas implicações humanas devastadoras, também tem repercussões sociais e econômicas substanciais, afetando não apenas os indivíduos envolvidos, mas também suas famílias, empresas e comunidades.

Análise – Acidentes de Trabalho – NR33

O RELATÓRIO: ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO NORMA REGULAMENTADORA Nº 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS, busca fornecer uma análise abrangente e detalhada desses acidentes, utilizando dados obtidos de fontes confiáveis como o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e o Portal da Inspeção do Trabalho, SitPlanWeb.

Por meio desses dados, é possível traçar um panorama da incidência desses acidentes ao longo do tempo, identificando tendências, padrões e áreas de maior ocorrência.

Acidentes de Trabalho

Ao explorar as ocupações mais frequentemente envolvidas, as características demográficas dos trabalhadores afetados e a distribuição geográfica dos acidentes, o artigo busca oferecer insights valiosos para a formulação de estratégias de prevenção e intervenção direcionadas.

Em última análise, o objetivo é contribuir para a redução da incidência de acidentes em espaços confinados e, consequentemente, para a preservação da vida e da saúde dos trabalhadores, bem como para a promoção de ambientes de trabalho mais seguros e produtivos.

Acidentes de Trabalho - ocupação

Quando falamos sobre espaços confinados é comum haver algumas dúvidas sobre sua definição, permissão de entrada e trabalho e formas seguras de realizar atividades. Além destas questões apresentadas, a presença de gases é comum em muitos tipos de espaços confinados e conhecer estes contaminantes é o caminho para uma prevenção segura. Entre as dúvidas mais comuns estão:

  1. Qual é a melhor forma de prevenir acidentes e adotar medidas seguras para as atividades?
  2. Como deve ser feito o monitoramento?
  3. Qual equipamento usar?

Para responder estas e outras dúvidas, vamos entender um pouco alguns pontos importantes:

TIPOS DE GASES

Existe uma divisão técnica sobre os tipos de gases existentes que podem ser classificados como tóxicos, inflamáveis e asfixiantes simples, além desta divisão há outras possibilidades como gases irritantes e outras definições técnicas, porém vamos trabalhar o conceito inicial desta divisão tripartite:

  • Gases tóxicos são aqueles que em pequenas concentrações tem a capacidade de reagir com o corpo humano sem precisar estar em altas concentrações e fazer a remoção do oxigênio
  • Gases Inflamáveis são aqueles que em uma concentração específica podem causar explosões, usamos um gás inflamável de maneira controlada em nosso dia a dia nos botijões que alimentam os fogões que usamos para cozinhar.
  • Gases asfixiantes simples são aqueles que não reagem com nosso corpo e também não são inflamáveis, passando a ser prejudicial quando em altas concentrações retiram o oxigênio do ambiente diminuindo sua concentração a um nível capaz de causar danos ou morte às pessoas.

Os gases são responsáveis por muitos acidentes em espaços confinados ao longo da história da humanidade, em minas de carvão por exemplo se utilizou lanternas e pássaros no passado para perceber a presença destes gases. Muitas técnicas foram usadas para monitorar gás e apenas nos a partir de 1980 foi desenvolvido os detectores de gases conhecidos como narizes eletrônicos que possuíam a capacidade de quantificar e identificar os gases específicos dos sensores.

Como trabalhar de forma segura em espaços confinados

A primeira ação importante a ser feita no controle dos riscos é o inventário de espaços confinados, identificando e nomeando todos os locais onde possuem a característica apresentada na NR 33. Após a realização da quantificação deverá ser realizada uma análise de cada espaço confinados avaliando os riscos existentes e os possíveis contaminantes que podem estar presentes em seu interior, recomendado o uso de sensores específicos para cada gás encontrado.

Em segundo momento, a empresa que irá realizar as atividades que deverá em posse das informações recebidas do espaço confinado avaliar o impacto da sua atividade dentro deste ambiente e adotar medidas adicionais caso leve novos contaminantes para o interior deste ambiente, lembrando que o sensor só tem a capacidade de identificar o “gás alvo”, ou seja o gás para qual ele foi ajustado.

Terceiro passo é realizar a medição da atmosfera com uso do detector específico que deverá operar por aspiração e difusão, deve estar calibrado e em perfeitas condições de uso, lembrando de fazer esta medição em no mínimo 3 níveis dentro do espaço confinado, aguardando em cada nível o tempo necessário para o detector realizar a leitura que pode oscilar entre 30 até 60 segundos a depender da marca e modelo do equipamento.

Após realizada a medição em 3 níveis é feita a PET ( Permissão de entrada e trabalho) o equipamento de detecção deverá permanecer dentro do espaço confinado no local onde as atividades estiverem acontecendo fazendo o monitoramento contínuo.

Emergência e Salvamento

Em caso do equipamento alarmar a equipe deverá sair imediatamente do espaço confinado, porém com segurança e só deverá regressar após ser avaliada e controlada a fonte que causou a presença do contaminante.

Existindo vítimas dentro do espaço o vigia acionará a equipe de emergência e salvamento e comunicará ao supervisor de entrada o ocorrido.

Conclusão

O conhecimento sobre os espaços confinados e seus riscos, bem como o controle de contaminantes são itens importantes na prevenção dos acidentes em espaços confinados. É obrigação das empresas garantir padrões de segurança mínimos para realização de atividades em espaços confinados e a correta medição dos gases com equipamentos específicos a melhor forma de prevenir e controlar a presença destes contaminantes.

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Carlos Carvalho

Técnico em segurança do trabalho, Técnico em segurança pública, Especialista em Espaços Confinados, Bombeiro Civil há 10 anos.

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